Quando forem às urnas para eleger o próximo Presidente dos Estados Unidos, os americanos não podiam ter à sua disposição escolhas mais distintas. Quem vai ganhar esta ‘batalha pela alma da América’ e o que significa para o futuro da superpotência? Michael Rezendes, o jornalista luso-descendente vencedor de um prémio Pulitzer, respondeu a tudo isto numa conversa no âmbito da parceria entre a FLAD e a revista SÁBADO.

As eleições estão à porta e há muito em jogo. Desde o combate à pandemia, ao futuro do Supremo Tribunal, os eleitores fecham este ciclo eleitoral esta terça-feira, numa das mais intensas batalhas pela liderança da maior economia do mundo.

Para falar sobre tudo isto, convidámos Michael Rezendes. O jornalista lusodescendente nasceu no Maine e é neto de portugueses oriundos dos Açores. Em 2003, venceu o prémio Pulitzer – o prémio máximo do jornalismo – pelo trabalho desenvolvido na equipa de investigação Spotlight do Boston Globe que expôs os casos de abusos sexuais perpetuados em Boston por membros da Igreja Católica. A história chegou a Hollywood e o filme Spotlight ganhou vida. Nele, o papel de Rezendes foi interpretado por Mark Ruffalo. É atualmente jornalista da equipa de investigação global da Associated Press, e já passou pelas redações do Washington Post, do San Jose Mercury News e do Boston Phoenix.

Michael Rezendes

Michael Rezendes falou de um país dividido por questões económicas e culturais que ainda carrega vestígios da Guerra Civil, partilhou a sua visão sobre “a batalha pela alma da América” e os desafios que qualquer um dos candidatos enfrentará nos próximos quatro anos. Serão capazes de unir o país? De sarar feridas antigas que hoje se tornaram mais expostas e polarizaram a sociedade?

Deixamos aqui algumas das principais ideias partilhadas por Michael Rezendes nesta sessão, no âmbito da edição especial da SÁBADO sobre as eleições, que contou também com o apoio da Fundação.

  • Eleição de Donald Trump em 2016: “Os media passaram ao lado da história. Não percebemos a tremenda insatisfação que estava latente no país.”
  • A promessa de Joe Biden: “Disse que, se for eleito, vai tentar unir o país. Para fazer isso, tem de ter em conta as reais preocupações do apoiantes de Trump. Não os pode ignorar.”
  • O crescente problema da desinformação: “Tem de haver maior regulação das redes sociais. Não vejo outra solução.”

A iniciativa surge no âmbito da parceria entre a FLAD e a revista SÁBADO, para o desenvolvimento de uma edição especial dedicada às eleições norte-americanas. A conversa foi moderada pelo chefe de redação da SÁBADO, Nuno Tiago Pinto. Veja aqui como foi: