Já está disponível o segundo episódio do nossos podcast, Atlantic Talks. O convidado desta semana é Capicua, a rapper e ativista portuense.
Nascida nos anos 80 na cidade invicta, Ana Matos Fernandes – cujo nome artístico viria a ser Capicua – começou a ter contacto com a cultura do Hip Hop nos anos 90, através do graffiti.
As influências vindas dos Estados Unidos na altura ajudaram à criação de uma cultura que girava em torno de um bar no Porto, onde a rapper, formada em sociologia viria a ter um contacto imersivo.
Neste episódio, Capicua fala do seu percurso, da sua música, sobre o significado do Hip Hop e como os Estados Unidos influenciaram a sua música.
“A cultura do Hip Hop tem várias dimensões. Uma é o graffiti, outra é o breakdance, outra é o Djing, ou a arte de manipular o gira-discos, e a quarta seria o rap. Então, eu, a partir do graffiti, comecei a conhecer pessoas da cultura Hip Hop, comecei a ouvir cada vez mais rap e a fazer parte da tribo, chamemos-lhe assim” – Capicua.
Com muito humor, Capicua reconhece que nem todas as facetas do Hip Hip são a sua praia, como é o caso do breakdance: “só quando era miúda e andava no infantário e rodava sobre o meu próprio rabo a dizer que fazia ‘brinkdance’”.
Capicua fala também sobre o seu papel de ativista, enquanto defensora do feminismo, considerando que muitos dos debates que foram feitos nos Estados Unidos sobre assédio sexual no trabalho e outros, nunca chegaram a ser tidos de forma séria em Portugal.
“O movimento Meetoo trouxe um debate relacionado com o assédio sexual no trabalho e com um conjunto de problemas que estavam camuflados na sociedade americana e que depois se espalhou como um barril de pólvora pelo mundo inteiro. O que acontece é que em Portugal isso não aconteceu, ou seja, o debate não se deu” – Capicua.
Para ouvir este episódio basta selecionar um dos seguintes links ou procurar onde tradicional ouve os seus podcasts.
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