A FLAD decidiu apoiar a Associação Novo Futuro, uma instituição com oito casas onde cuida de 75 crianças e jovens retiradas às suas famílias, depois de sofrerem situações de repetidos maus-tratos, abuso ou negligência. Este apoio ajudará a cobrir algumas necessidades básicas destas crianças – como comida, roupa e eletrodomésticos –, mas também a carta de condução aos jovens que começam o seu percurso no mercado de trabalho.

Todos nascemos iguais, mas nem todos crescemos com as mesmas oportunidades. Em alguns casos, nem mesmo os direitos mais básicos, como o direito à educação, à saúde, a crescer num ambiente seguro e com afeto.

É o caso das crianças que acolhe a Associação Novo Futuro, uma IPSS que existe desde 1996 em Portugal, e que tem atualmente oito lares residenciais espalhados por vários concelhos do país – Lisboa, Cascais, Sintra e Vila Nova de Gaia.

A Novo Futuro acolhe crianças entre os 5 e os 21 anos que são retiradas das suas famílias pelos tribunais depois de registadas situações de repetidos maus-tratos, abuso ou negligência, privilegiando grupos de irmãos. Quando recebe estas crianças, a associação trabalha no sentido de lhes dar um ambiente o mais familiar possível e que lhes permita sentir seguras.

Mas este é apenas o primeiro nível de uma abordagem complexa, uma vez que falamos de crianças que não cresceram num ambiente seguro, estimuladas e cuidadas como as que o conseguem dentro de uma família. As situações que levaram à retirada destas crianças das suas famílias são situações muito traumáticas, como nos explicou a Catarina Rodrigues, Diretora-Geral da Associação Novo Futuro.

“Nos primeiros tempos de vida, estas crianças e jovens não tiveram o mesmo tipo de estimulação, o mesmo tipo de cuidados. Viveram situações traumáticas, muitas vezes repetidas. Não tiveram aquele cuidado que nos permite crescer de forma segura, com autoestima, com alguém que olhe para nós e acredite que nós vamos ser capazes de fazer qualquer coisa.” – Catarina Rodrigues, DiretoraGeral da Novo Futuro

Por este motivo, é necessário haver uma intervenção terapêutica interna, mas também externa, que permita que as crianças “consigam retomar o desenvolvimento que se encontra suspenso” e assim dar continuidade ao seu projeto de vida e ao seu projeto académico.

O trabalho da Novo Futuro não se cinge ao apoio às crianças e jovens enquanto elas permanecem nas casas da Associação. É feito um trabalho regular tendo em vista a reintegração familiar, com as crianças e com as suas famílias, de forma a garantir que em caso de regresso às suas famílias este é feito de forma segura.

Mas também na idade adulta, quando os jovens ganham a sua autonomia, no apoio constante no seu percurso académico e profissional, na gestão das suas vidas pessoais, das suas casas e das suas finanças pessoais, por exemplo.

Como ajudar?

Apesar do trabalho incansável dos profissionais desta Associação, a Novo Futuro é uma IPSS e só tem 50% do seu financiamento garantido anualmente pela Segurança Social. Isto implica um grande esforço para que seja possível dar as condições necessárias às crianças e jovens ao cuidado da instituição.

A FLAD decidiu dar apoio a esta associação em reconhecimento do trabalho admirável que a Novo Futuro e os seus profissionais desenvolvem, e do apoio que estas crianças e jovens necessitam e merecem ter. O apoio serviu para financiar necessidades básicas como a alimentação, roupa e eletrodomésticos, mas também para dotar os jovens em idade adulta da possibilidade de tirarem a sua carta de condução, algo que é fundamental na transição para o mercado de trabalho, e permitir que tenham o máximo de oportunidades para começarem a sua vida adulta de forma autónoma.

As necessidades são, no entanto, contínuas. Mas, felizmente, há várias formas de ajudar.

Fazer um donativo: faça um donativo à Associação Novo Futuro, no valor que entender e puder, e na altura que mais lhe convier. O envolvimento e contributo de todos é fundamental para que consigamos tornar melhor cada dia das nossas crianças e jovens.

Ser Sócio: os associados (pessoas singulares, desde que maiores de 18 anos ou pessoas colectivas), assumem o compromisso de dedicar gratuitamente o máximo da sua disponibilidade, do seu esforço e fidelidade à prossecução dos objectivos da Associação. A inscrição como sócio está sujeita a aprovação da direcção e ratificação em Assembleia Geral – quota mínima anual € 50.

Ser Benfeitor: São várias as alternativas que pode utilizar para apoiar esta causa, seja tornando-se benfeitor de áreas específicas, como por exemplo dos presentes de aniversário e/ou natal ou das actividades lúdicas, culturais, desportivas, de férias ou outras, como também tornando-se benfeitor de acções mais gerais, tais como benfeitor de uma casa, da beneficiação de determinadas divisões dentro de uma casa (exemplo, remodelação de um quarto, de uma sala, ou outras) ou de projectos específicos desenvolvidos pela Associação. O benfeitor pode ser um particular, uma empresa ou ainda um grupo de pessoas unidas por uma causa (ex: colegas de trabalho ou amigos).

Ser Voluntário: os voluntários, com diferentes formações, experiências pessoais e profissionais, gostos e motivações, podem encontrar na Associação, diversas formas de colaborar, como:

  • no apoio logístico/armazém;
  • no apoio às actividades administrativas;
  • no apoio às crianças e jovens;
  • no apoio às iniciativas de angariação de fundos, efectuadas, durante todo o ano.

IRS e Benefícios Fiscais: o Estado permite que 0,5 % do IRS liquidado reverta a favor de uma Instituição de Solidariedade Social. É o Estado que transfere essa verba, sem custos adicionais para si e muitos benefícios para esta causa.

Para saber mais sobre a Novo Futuro e como pode ajudar estas crianças e jovens em risco, basta consultar o seu website aqui.

Vamos ajudar?